Garçom, caminhoneira, balconista: veja
passado de artistas do Lolla
Eddie Vedder trabalhou em farmácia após morte que inspirou hit 'Alive'.
Entre headliners, Killers tem ex-garçom e Black Keys, ex-telemarketing.
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Vender camisas em barracas de camelô no centro do Rio de Janeiro, dirigir um caminhão de limpeza em supermercados no Alabama e barganhar gorjetas em hotéis de Las Vegas já foram parte das rotinas de estrelas do Lollapalooza 2013. O festival acontece nos dias 29, 30 e 31 de março, em São Paulo.
As bandas principais dos três dias do evento são o Killers - do ex-garçom Brandon Flowers (na sexta, 29) -, o Black Keys - do ex-atendente de telemarketing Patrick Carney (no sábado, 30) - e o Pearl Jam - do ex-balconista de farmáciaEddie Vedder. Veja a seguir uma lista de trabalhos realizados por líderes de bandas do Lollapalooza antes da fama.
Eddie Vedder (Pearl Jam)
Eddie Vedder, do Pearl Jam (Foto: Flávio Moraes/G1)
Antes do Pearl Jam, Vedder já teve que se sustentar trabalhando em uma farmácia em Encinitas, na Califórnia. A mãe do cantor havia saído de casa após se separar do padrasto, que antes Vedder acreditava ser seu pai [história que inspirou o hit “Alive”]. O padrasto morreu e o futuro astro do Pearl Jam se virou como balconista da farmácia. O cantor admitiu que sentia raiva dos conhecidos mais afortunados. "Eu me ressentia de todo mundo próximo a mim que andava de carro que alguém pagou", ele conta em perfil do jornal “Los Angeles Times”, de 1994.
Patrick Carney (The Black Keys)
Patrick Carney, do Black Keys (Foto: Divulgação)
Antes de fazer barulho como baterista do duo Black Keys, a voz de Patrick foi ouvida por milhares de pessoas em ligações de telemarketing. O ex-atendente e hoje rockstar disse à revista dos EUA “Rolling Stone”, em 2011, que, mesmo com o sucesso da banda no então recém-lançado disco "El camino", “ainda tinha medo de falir”.
Brandon Flowers (The Killers)
Brandon Flowers, do Killers (Foto: Divulgação)
O líder dos Killers vivia de gorjetas em Las Vegas antes do contrato para gravar “Hot fuss”, de 2004. “Quando conseguimos assinar, eu trabalhava no Gold Coast, um hotel fora da avenida principal, e eu amava. Adoro trabalhar em restaurante e trabalhar por gorjetas em Las Vegas. Não fui à faculdade, então era isso que eu esperava do futuro”, Brandon contou à revista dos EUA “GQ”.
Brittany Howard (Alabama Shakes)
Brittany Howard (de chapéu), do Alabama Shakes (Foto: Divulgação)
A música “Hold on”, eleita pela revista “Rolling Stone” dos EUA como melhor canção de 2012, foi composta enquanto a líder do Alabama Shakes trabalhava em um caminhão de limpeza. A música fala das angústias da jovem, que não imaginava que iria "sobreviver até os 22 anos". “Tive muitos empregos. Quando eu escrevi “Hold on”, eu dirigia um limpador de rua. Sabe aqueles caminhões enormes que limpam estacionamentos? Eu trabalhava para um desses. E odiava. Mas era um trabalho, um dos poucos disponíveis”, ela já disse.
Marcelo D2 (Planet Hemp)
Marcelo D2, do Planet Hemp (Foto: Emmanuel Denaui/Preview.com, Divulgação)
O líder do Planet Hemp e o falecido fundador da banda, Skunk, trabalhavam como vendedores em barracas nas ruas do Rio de Janeiro. D2 “foi camelô, porteiro, vendeu móveis numa loja aqui perto. Trabalhou vendendo camisas na Treze de Maio [rua do centro do Rio]...”, conta a mãe do cantor na biografia “Vamos fazer barulho!”, de Bruno Levinson.
Wayne Coyne (Flaming Lips)
Wayne Coyne (à esquerda), dos Flaming Lips (Foto: Divulgação)
O líder dos Flaming Lips trabalhou na cozinha da rede de fast food dos EUA Long John Silver durante 12 anos - de quando era adolescente até já com a banda em atividade, no final dos anos 80. “Eu ficava entediado. Então eu despejava cinzeiros no cortador de salada de repolho, só pra ver se as pessoas iam perceber”, contou Wayne à revista norte-americana “Spin”.
Alex Kapranos (Franz Ferdinand)
Alex Kapranos, do Franz Ferdinand (Foto: Flávio Moraes/G1)
Alex Kapranos, que já lançou um livro sobre culinária, “Mordidas sonoras” (2007), trabalhava em várias funções em restaurantes antes da fama. “Na época em que não ganhava dinheiro nenhum, pagava meu aluguel trabalhando de alguma forma em restaurantes. Era um chef, motorista de delivery, barman, garçom – esse tipo de coisa. Na verdade, Bob – baixista da banda – e eu trabalhamos como chef juntos em uma cozinha. É de onde muitas ideias do grupo vieram, de sentarmo-nos juntos enquanto preparávamos as refeições dizendo o que faríamos se tivéssemos uma banda”.
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