Izakaya Issa: boteco japonês com cozinha surpreendente

Eleito o melhor boteco japonês na edição "O melhor de São Paulo 2012-2013", o bar oferece 40 marcas de saquê e shochu

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ENTRE SAQUÊS E SHOCHUS A proprietária, Margarida Haraguchi, sempre a postos atrás do balcão de seu izakaya, na Liberdade (Foto: Felipe Gombossy / ÉPOCA SP)

O MELHOR DE SÃO PAULO – Bares

Boteco japonês

Izakaya Issa

Pequenos bares e restaurantes com portas feitas de madeira e papel de arroz, onde há mesinhas baixas diante das quais o freguês se senta no chão e sem sapatos, são comuns na Liberdade. Enquanto clientes da colônia nipônica papeiam alegremente em japonês, você, ocidental perdido por ali, consegue até se imaginar no Japão. O Izakaya Issa é o mais bacana desses lugares.

Atrás do balcão, a proprietária, Margarida Haragushi, comanda sempre sorrindo seu izakaya (palavra que em japonês define um “bar para tomar saquê”). Embora no cardápio não conste nenhum saquê ou shochu, há cerca de 40 garrafas dessas bebidas expostas numa prateleira. Experimente uma dose do saquê Sayuri (R$ 20), não filtrado, mais leve que as versões convencionais e com aparência leitosa. Lembre-se que nem todos os rótulos são vendidos em dose e peça ajuda na hora de escolher, mas não espere uma aula sobre o assunto (algumas atendentes não dispõem de muita paciência para isso). O forte deste boteco japonês fica mesmo a cargo da cozinha.

Um dos petiscos dos mais pedidos, o takoyashi (bolinho de polvo feito com massa de cará, cebolinha e gengibre, R$ 28, dez unidades) vem com raspas de peixe desidratado por cima. Inusitado, o tyawanmushi (R$ 20) é um pudim de ovos salgados cozido em banho-maria com recheio de camarão, shitake e frango. No kakuni (R$ 20), dois pedaços de costelinha suína cozidos em saquê, shoyu e mirin levemente adocicados chegam à mesa bem macios, imersos no caldo e acompanhados de mostarda japonesa. (Janaina Fidalgo)