sábado, 26 de maio de 2012


O empreendedorismo na Copa do Mundo de 2014



O evento que o Brasil irá sediar trará oportunidades para quem souber apostar na qualidade dos produtos e dos serviços

Por Roseli Garcia*
Divulgação
Na segunda quinzena do mês de setembro, muito se repercutiu sobre os mil dias faltantes para a abertura da Copa do Mundo no Brasil. Obviamente, o primeiro plano das discussões fica por conta dos gargalos da infraestrutura, especialmente quanto a aeroportos e estádios. Entretanto, apesar de toda a preocupação, não é propriamente aos problemas que os empreendedores devem se ater, e sim às oportunidades.

Para estimular e fomentar os negócios do segmento na época do mundial de futebol, o Sebrae e a Fundação Getulio Vargas divulgaram um levantamento com 456 oportunidades de negócios para as pequenas e médias empresas do Estado de São Paulo antes, durante e após os jogos. O setor de comércio concentra 51% delas, seguido pelo de serviços (30%) e pela indústria (19%).

Isso é importantíssimo não só para mostrar o potencial a ser explorado no mundo dos negócios, mas especialmente para provar o quanto essas empresas são fundamentais para mover os nossos motores durante essa ocasião tão especial.

Diante disso, quero discutir algumas premissas que são válidas, de modo geral, para todas as empresas de pequeno e médio portes. A primeira – e a que eu considero a principal – é que, por mais que se animem com o aquecimento da economia proporcionado por esse grande evento, esses empreendimentos não devem tentar competir de frente com as grandes empresas. Os negócios menores têm diversas peculiaridades, como a segmentação e a capacidade de estabelecer relacionamentos estreitos com seu público, enquanto o forte das grandes empresas são a quantidade e a variedade de produtos e serviços. Por mais que seja tentadora a possibilidade de massificar seu negócio, meu conselho é que, em vez de apostar na quantidade, aposte na qualidade. Ou seja: torne seu empreendimento diferenciado. Isso fará com que ele obtenha destaque num cenário de competição ferrenha, que será a época do mundial.

No entanto, o fato de adotar essa ponderação não significa que o empreendedor deva somente atuar no campo objetivo, deixando de lado as subjetividades. Pelo contrário: é justamente nessa época em que elas devem ser exploradas! O espírito de festividade e paixão pelo futebol estará à flor da pele até mesmo dos cidadãos menos empolgados. Com isso, o empreendedor deve identificar as oportunidades para seu negócio e tirar proveito disso. Caso ele não trabalhe com produtos/serviços diretamente relacionados à Copa do Mundo, vale investir em ações como campanhas e promoções. Até mesmo os bolões são vistos com muita simpatia pelos consumidores e colaboram para que o empresário estreite seu relacionamento com o público, além de atrair outros clientes.

As oportunidades são inúmeras, assim como as possibilidades de cenários. Veja onde seu negócio pode se encaixar e explore isso ao máximo. A Copa acontece somente em 2014, mas faltam menos de mil dias para ela. Embora o povo brasileiro tenha inúmeras e incríveis habilidades, não permita que nosso famigerado “deixar tudo para a última hora” sobreponha-se à sua vontade de empreender.

* Roseli Garcia é diretora de redes e operações da Boa Vista Serviços/SCPC 

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