Ginástica artística
japonês Kohei Uchimura
Chamado pelos outrosginastas de “Superman” ou “Máquina”, ele raramente erra. Especialidade no solo, pontua tão bem nos outros aparelhos que é imbatível no individual geral.
Kohei Uchimura é uma unanimidade: está em qualquer lista dos atletas top desta Olimpíada. O rapaz que começou na ginástica artística aos 3 anos é um especialista no solo, mas era um atleta mediano até começar a treinar com o ouro olímpico Naoya Tsukahara, em 2004. Em 2011, foi o primeiro ser humano a ser tricampeão em anos consecutivos no mundial individual geral, que inclui os pontos obtidos no solo, cavalo com alças, argolas, barras fixas, barras paralelas e salto sobre o cavalo. Sua meta é vencer o individual geral na Olimpíada e, assim, ser o primeiro cidadão de seu país a vencer o mundial e os Jogos Olímpicos.
“Ele tem disciplina oriental. Quando entra no ginásio para treinar, não existe brincadeira, conversa paralela, só concentração.” 
marcos goto, treinador da Seleção Brasileira de Ginástica
IDADE: 23 anos
ALTURA: 1,61 m
PESO: 55 kg
Treinamento
Sob os olhos de seu atual técnico, Yasunori Tachibana, Uchimura treina duas vezes ao dia, de manhã e à tarde. Tem dois dias de folga por semana: quinta e domingo – quando geralmente não faz nada, apenas relaxa.
Pé de bailarina
O estilo de Kohei Uchimura é impressionante. Ele já ganhou um prêmio chamado Longines Prize for Elegance, conferido aos ginastas que demonstram muita elegância. Tudo o que faz fica bonito:  sua postura é impecável e ele faz ponta com os pés que deixaria qualquer bailarina com inveja.
Pouso tranquilo
A aterrissagem perfeita é apontada como a principal característica do ginasta – e isso em todos os aparelhos. Ele afirma que seu principal foco nos treinos é aperfeiçoar o toque no solo. Para isso, a atenção com o tempo em que está no ar é essencial: se atrasar milésimos de segundo um giro, o pouso fica comprometido.
Brincadeira
de criança O ginasta atribui a perfeição de seus movimentos às brincadeiras que fazia desde criança no trampolim que ganhou dos pais de presente de 11 anos. Ele passava horas lá, treinando os saltos – ficava mais tempo no trampolim do que em qualquer equipamento hoje em dia.
Coordenação
O treinador explica uma habilidade de Kohei. “Ele não desperdiça movimento no ar antes de aterrissar. Nos exercícios de solo, seus tornozelos, joelhos e quadril movem-se coordenadamente, como a suspensão de um carro, para absorver as vibrações na hora em que ele aterrissa”, explica Tachibana.
Desenhos no laptop
Kohei ganhou um laptop da mãe quando era criança e desenhava nele todo movimento que cismava em fazer, como saltos duplos de costas. Os desenhos serviam, segundo ele, para entender com perfeição os movimentos – e poder executá-los. Para a Olimpíada de Londres, ele treina um exercício de solo em que gira três vezes ao mesmo tempo que dá duas cambalhotas para trás no ar.
Força bruta
Nas argolas, provavelmente o exercício mais difícil da ginástica artística masculina, a força dos membros superiores
é a responsável por manter o atleta pendurado. Poucos ginastas conseguem usar o aparelho sem fazer as cordas
tremerem ao menos um pouco. Uchimura não – ele executa os movimentos, e os cabos permanecem lá, retinhos.

WRESTLING
americano Jordan Burroughs
Burroughs é dominante. Entra para vencer. É forte e dono de técnica sofisticada. E está focadíssimo em Londres. Sua conta no Twitter tem o sugestivo nome de @alliseeisgold (ou: tudo o que eu vejo é ouro).
“Jordan Burroughs é a estrela de mais alto nível de nosso esporte agora.” As palavras são de Rich Bender, diretor executivo do USA Wrestling, a organização que coordena os programas amadores de wrestling do país todo – e é responsável pela representação do esporte na Olimpíada. O rapaz foi duas vezes campeão da National Collegiate Athletic Association (associação atlética universitária nacional) e ganhou no mundial de 2011 a única medalha de ouro americana desde 2008. Também foi campeão pan-americano em sua categoria. Elevado à categoria de semideus do esporte, o atleta ganhou todos os campeonatos de que participou desde 2009.
“Dono de um dos double legs mais fortes do cenário do wrestling mundial, Jordan vem forte e supercotado para buscar o ouro nos Jogos.” Pedro Gama Filho, presidente da Confederação Brasileira de Lutas Associadas
IDADE: 23 anos
ALTURA: 1,72 m
PESO: 74 kg
Treinamento
Faz duas sessões diárias de
treino todos os dias. “Faço muitos sacrifícios porque chegar a este nível não é fácil”, diz ele. Jordan faz entre seis e oito lutas com os parceiros de treino por semana.
Um tuíte típico
“Eu acreditei que era o melhor do mundo muito antes de vencer um campeonato mundial. As crenças tornam-se realidade.”
Pressão motivadora
Há pouco mais de cinco anos, quando entrou na universidade, Burroughs perdeu metade dos torneios de que disputou. Em vez de jogar a toalha, a pressão o motivou. Ele queria ser o melhor. Treinou muito. E não perde uma competição desde então.
Forte na medida
Jordan é rápido e explosivo. Usa sua velocidade para ganhar pontos e derrubar os oponentes em segundos na arena. É também forte, mas na medida para não perder agilidade.
Double leg
É desde a época da universidade um ás no golpe conhecido como double leg, técnica de derrubada que consiste em agarrar ambas as pernas do oponente para jogá-lo no chão. É um de seus trunfos em Londres.
Novo a jato
O atleta esteve fora de várias competições na temporada de 2009/2010 por causa de uma cirurgia nos ligamentos do joelho. Mas recuperou-se com agilidade e voltou ainda melhor para os treinos e competições.
Adaptação
Transformar-se do melhor wrestler universitário no melhor wrestler do país  é duro: há diferenças de estilo. Nos campeonatos universitários, há mais ênfase no condicionamento e no controle do oponente. Já no estilo livre, golpes que levam a quedas dominantes são privilegiados. E Jordan fez brilhantemente essa transição.

Levantamento de peso
iraniano Behdad Salimi Kordasiabi
Behdad venceu os três últimos campeonatos asiáticos e os dois últimos mundiais. É considerado o herdeiro de Hossein Rezazadeh, o “Hércules Iraniano”, que foi campeão dos Jogos Olímpicos de 2000 e 2004.
Behdad é um sujeito discreto. Há, portanto, pouca informação a seu respeito. Em seu país, o Irã, a imprensa tem seu trabalho controlado. O atleta raramente fala com repórteres. Apesar disso, ele virou notícia em 2010, ao vencer o primeiro campeonato mundial, levantando 214 quilosno arranco (quando se levanta a barra do chão até acima da cabeça, sem apoiá-la no corpo) e 250 quilos no arremesso (com apoio da barra nos ombros), somando 464 quilos no total combinado. Os especialistas apostam que não vai ter para ninguém mais em Londres.
“Importante notar sua condição de força, associada à pouca idade. Com isso, não acredito que nestes jogos de 2012 o Behdad vá ter adversários a sua altura.”
pedro meloni, coordenador do Centro de Treinamento de Levantamento Olímpico da Universidade de Viçosa
IDADE: 22 anos
ALTURA: 1,85 m
PESO: 168 kg
Treinamento
O iraniano faz duas sessões de treinos diárias, seis dias por semana – algumas vezes, há três sessões. Nesses dias, ele pega no batente às 6h30 da manhã e treina por uma hora. Depois, os exercícios seguem das 10h ao meio-dia. Por fim, a última sessão vai das 16h30 às 18h. Seus movimentos mostram que ele já deve ter batidos recordes algumas vezes nos treinos.
Um dia típico no Facebook*
“Queridos amigos, se vocês acham que mereço ser o melhor levantador de peso de 2011, vão a esta página e votem em mim. Obrigado.”
*O cara é um atleta iraniano – não tem Twitter. A página do Facebook é mantida por fãs
Consegue mais
Segundo especialistas, Behdad Salimi não levantou no último mundial todo o peso que é capaz. A dedução deve-se ao fato de ele ser visto levantando seu pé prematuramente antes de descer para a posição de cócoras. Se ele mantiver a planta dos pés no chão e flexionar o tornozelo, pode levantar ainda mais peso.
Resistência sobre-humana
Quando disputou o título mundial em 2010, Behdad estava gripado. Mas não era uma gripe qualquer: era a gripe suína. Ele estava quase caindo de exaustão durante seus levantamentos de arranco e arremesso e entrou para
a competição abaixo de seu peso. Mesmo assim, levou o ouro.
Super-homem
O levantamento de peso não requer apenas força – apesar de ela ser supernecessária. Behdad reúne também todos os outros quesitos: velocidade, coordenação, estabilidade no core (a região do abdômen) e nos ombros e muita força explosiva nas pernas, para gerar o movimento que possibilita o levantamento dos pesos acima da cabeça.
Natação
americano Ryan Lochte
Ele é especializado nos nados de costas e medley individual, mas também é excelente no livre – é, portanto, um atleta superversátil. Alguns de seus principais trunfos são a velocidade e a grande distância que consegue percorrer quando está debaixo da água, depois da virada. Outro é o fato de manter o mesmo jeitão de menino despreocupado até
hoje, sendo um nadador profissional.
O seis vezes medalhista olímpico (três de ouro, duas de prata, uma de bronze) ainda tem seu nome ofuscado pelo do conterrâneo Michael Phelps. Mas sua atuação no último mundial faz com que os olhos mais atentos voltem-se para ele em Londres. Na competição, Ryan Lochte (pronuncia-se Lócti) ganhou cinco medalhas de ouro e foi eleito o melhor nadador de 2011. Ele e Phelps devem enfrentar-se nos 200 m livres e 200 m medley na Olimpíada. Phelps é o detentor do ouro olímpico em ambas as provas, mas Lochte foi o campeão nas duas no mundial. O jornal USA Today fez previsões: para eles, Michael Phelps ganha no estilo livre, mas Ryan Lochte leva com folga o medley individual.
“Na água, Ryan é um bicho. Bicho para treinar e um animal para competir. Quer ser o grande nome de Londres e está treinando como nunca ninguém treinou. Observando as competições preparatórias, fica até difícil acreditar que ele vai sobreviver a tudo isso, mas sua determinação é acima do normal. E, ao que parece, vai ser vencedor.”
Alex Pussieldi, treinador de natação e comentarista do esporte da SporTV
IDADE: 27 anos
ALTURA: 1,88 m
PESO: 84 kg
Treinamento
A agenda do sujeito é intensa. Ele acorda às 5h30 da manhã todos os dias. Três dias por semana, nada de manhã (das 6h às 8h30) e à tarde (das 14h às 17h30). Outros três dias, entra na piscina em apenas um turno. E, claro, faz musculação e exercícios fora da água. Sua dieta diária é bizarra: cinco refeições, 12 mil calorias – que incluem um café da manhã com oito ovos, cereal e waffles.
Um tuíte típico
Sem coragem… Sem glória!!
Força de vontade
Seis semanas antes do mundial de 2007, Lochte fraturou o pé andando de skate. Depois de uma semana em repouso,
a lesão começou a melhorar. Só que alguns dias antes da competição, ele pulou na piscina e fraturou o mesmo osso. Mesmo assim, morrendo de dor, o atleta nadou todas as provas e ficou em segundo lugar geral. Ah, ele bateu
o recorde mundial dos  200 m costas também.
Flexível
Ryan Lochte tem uma excelente impulsão e muita flexibilidade, o que o ajuda a ser muito bom debaixo da água. Segundo o técnico Greg Troy, ele gosta de treinar. “Se você identifica um ponto fraco, ele vai trabalhar duro para mudá-lo. Ele não era tão bom debaixo da água, mas agora é um dos melhores do mundo”, diz.
Forte como touro
Ryan sempre praticou esportes e continua usando seu tempo livre para andar de skate, surfar (e dançar break). A grande diferença entre ele e Michael Phelps é a envergadura desproporcional do segundo. Lochte não tem aquelas asas. Mas treina duro, é superdedicado e é forte como um touro. E, a cada derrota que sofria para Phelps, voltava para a piscina para tentar ficar mais forte, mais veloz.
Um cara cool
Para o treinador de Ryan, a grande arma do atleta é sua cabeça e seu jeitão tranquilo. Ele não se intimida com nada ou ninguém – nem mesmo com o adversário Phelps. Usa roupas largas, estilão hip hop. É a prova de que não é preciso perder a juventude para ser um atleta de ponta. Ryan desenvolveu a habilidade de ser relaxado e colocar toda sua energia na natação apenas.
Atletismo
jamaicano Yohan Blake
O forte de Blake são os 200 m rasos – ele consegue desenvolver a melhor parte de sua velocidade nessa distância. Mas também é rápido nos 100 m. Para o USA Today, Blake vence Usain Bolt nela.
Atenção às credenciais deste sujeito – único ser humano no mundo capaz de abalar o reinado do incrível Usain Bolt. O também jamaicano e companheiro de equipe Yohan Blake é duas vezes campeão mundial nos 100 m rasos, prata nos 200 m rasos em 2011 e detentor da segunda melhor marca nessa prova (atrás apenas dele, Bolt, claro). Embora tenha vencido Bolt nos 100 m porque este foi desqualificado após queimar a largada, Blake deve dar trabalho
ao companheiro em Londres por dois motivos: além de ser muito bom, tem apenas 22 anos. Ou seja, ainda pode evoluir.
“É muito forte e jovem e teve grande evolução técnica de 2008 para cá. E tem grande chance de vencer Usain Bolt nos
100 m e nos 200m.” Victor fernandes, supervisor  de atletismo do Centro Olímpico
IDADE: 22 anos
ALTURA: 1,80 m
PESO: 78 kg
Treinamento
O jamaicano Glen Mills é o treinador de Yohan Blake e Usain Bolt. Além de treinar para as duas provas individuais, Yohan está dedicando-se aos revezamentos 4×100 m e 4×400 m. Ele acorda todos os dias às 6h30
e treina por cinco horas. E é incansável. “Quando todo mundo está dormindo, eu ainda estou trabalhando”, afirmou recentemente. Depois dos exercícios noturnos, Blake vai para a cama à 1h30 da manhã. Sua dieta é de 4 mil a 5 mil calorias diárias.
Um tuíte típico
“Acabo de dar uma entrevista para meus novos amigos da TV CBC Canadá. Gente bacana.”
Sem pressão
A melhor arma do jamaicano é sua cabeça. Ele sabe que a pressão pela vitória está em Usain Bolt, e não nele.
E trabalha com isso a seu favor. Ao contrário do amigo/rival, que é um showman e adora ir para a balada, ele é tranquilo, caseiro e gosta muito de estudar suas provas. Para relaxar da rotina de treinos, lê muito e joga dominó e críquete.
Doping?
Em 2009, Blake foi pego no doping. O caso foi complexo. O estimulante que apareceu em seu exame não estava na lista de substâncias proibidas, mas tinha propriedades parecidas com um outro banido, que age como descongestionante para auxílio da respiração. Yohan ficou três meses sem poder competir.
Arrancada forte
Yohan Blake quer bater Usain Bolt. Para isso, dedica-se aos 100 m rasos. “Nessa prova, você não pode cometer erros, como nos 200 m, em que você pode alcançar na curva”, disse o jamaicano em uma entrevista. “Estou trabalhando
duro em minha técnica, na arrancada e nos primeiros 30 metros.” Seu melhor tempo na prova é 9,80 segundos.
O recorde de Bolt é 9,58 (e é de 2009).
Veloz e furioso
Usain Bolt é mais alto que Yohan Blake – por isso, tem as passadas mais largas. Mas, segundo Blake, isso não define
uma prova. “Eu sou mais veloz, mais rápido para cortar o ar”, disse o atleta.

Basquete
americano Kevin Durant
Kevin Durant é um jogador extremamente versátil. É alto e dá enterradas sensacionais. Mas também tem completo domínio da bola e faz muitas cestas de 3 pontos, além de ser um jogador frio: acerta chutes mesmo sob pressão.
Difícil destacar-se em um time tão estelar quanto o basquete dos Estados Unidos. Mas, embora tenha atletas como Kobe Bryant, LeBron James e Dwight Howard, este ano o grande nome deve ser Kevin Durant. A motivação de Durant é uma só: os três primeiros companheiros já participaram da equipe que ganhou o ouro olímpico em 2008. Ele não. E Kevin Durant tem credenciais para brilhar: o jogador do Oklahoma City Thunder é o cestinha das últimas três temporadas da NBA.
“O rigoroso treinador Mike Krzyzeswski, da seleção, moldou um Durant mais sensato, mais consciente, menos chutador único (ele era criticado por isso).” fabio balassiano, especialista em basquete, do blog Bala na Cesta
IDADE: 23 anos
ALTURA: 2,06 m
PESO: 106,6 kg
Treinamento
Segundo seu personal trainer, Justin Zormelo, Kevin Durant trabalha muito duro. Ele é um dos jogadores mais leves da NBA (para sua altura), por isso seu programa de treinamento dá muita ênfase aos exercícios de estabilidade e de fortalecimento do core (a região do abdômen). Dessa forma, ele pode encarar jogadores mais altos e mais fortes que ele. Apesar de adorar asas de frango fritas, ele não descuida da dieta.
Um tuíte típico
Minha frase favorita é “O trabalho duro derrota o talento quando o talento não consegue trabalhar duro”. Seguir isso me ajudou a atingir meus objetivos.
De todos os lados
Durant consegue dar seus chutes de uma variedade infinita de lugares  na quadra: tanto da linha dos 3 pontos quanto de dentro do garrafão, não há quem o impeça. Como é esguio, não consegue impedir o avanço de jogadores mais fortes, mas, com braços compridos, pode arremessar por cima de qualquer jogador da defesa.
Número 35
Ele escolheu o número 35 para sua camisa em homenagem ao seu treinador quando criança, Charles Craig, morto aos 35 anos.
Sujeito esquivo
Kevin Durant é muito esquivo e tem grande destreza e vigor. Isso tudo permite que crie jogadas criativas, que conduza a bola e que faça cestas com perfeição. Além disso, é carismático e bom moço (é impossível vê-lo metido em algum
tipo de confusão).
Contratos milionários
Kevin não está nem perto dos US$ 53,2 milhões ganhos por ano por Kobe Bryant. Mas não faz feio. Segundo a Forbes, ocupa o oitavo lugar entre os jogadores ricaços da NBA: US$ 24,5 milhões por ano
(9 milhões ganha só da Nike).
Matéria publicada na Revista VIP de junho de 2012.
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