sexta-feira, 13 de julho de 2012


CINCO MOTIVOS PARA VER ON THE ROAD

VEJA CINCO BOAS RAZÕES PARA ASSISTIR O ESPERADO FILME DE WALTER SALLES QUE CHEGA AOS CINEMAS AMANHÃ

Sam Rilley vive Sal Paradise, personagem inspirado em Jack Kerouac
Sam Rilley vive Sal Paradise, personagem inspirado em Jack Kerouac (Créditos: Divulgação)
Em 1957, Jack Kerouac lançou o livro On the Road. À base de café, jazz e outras drogas, ele narrou durante três frenéticas semanas as aventuras de dois amigos pelas estradas dos Estados Unidos, Sal Paradise e Dean Moriarty, personagens inspirados no próprio Kerouac e no seu amigo, também escritor, Neal Cassady. Depois dessa viagem ambos acabaram virando referência para chamada geração beat (ou contracultura) por revelarem toda uma busca pela liberdade e o desejo de viver cada momento como se fosse o último. 

Mais de 50 anos depois e muitas tentativas de se filmar a história, Na Estrada (On the Road) estreia nos cinemas em 13 de julho, com direção do brasileiro Walter Salles (Diários de Motocicleta e Central do Brasil) e com um elenco que conta com atores como Kristen Stewart, Kristen Dunst, Garrett Hedlund, Sam Riley, Viggo Mortensen e Alice Braga.
O filme já foi lançado na França, Bélgica e Holanda e bateu 500 mil espectadores, segundo Walter Salles, em coletiva de imprensa. Além disso, passou por festivais como Cannes e Munique.  
Para reconstruir as estradas norte-americanas nos moldes da aventura de Kerouac, Walter Salles e sua equipe percorreram também caminhos pelo México, Canadá e Patagônia. "O que está no coração do livro é a busca de uma última fronteira americana e foi isso que nos levou a ir cada vez mais longe", diz Walter. 
Se você não conhece muito sobre essa famigerada obra e quer entender o motivo de todo esse alvoroço, confira cinco motivos para você não perder o filme e se preparar para o lançamento. 
Road moviesNos filmes do gênero road movie a estrada é o cenário onde acontece o desenvolvimento da trama e os personagens passam por experiências marcantes, rompendo com o cotidiano. O clássico Easy Rider, de Dennis Hopper, ficou conhecido como o precursor do gênero que abriu espaço para outros. 
Jack KerouacNascido nos Estados Unidos no ano de 1922, Kerouac era uma alma inquieta. Seu desejo de ter novas experiências e aproveitar o momento o transformou em um porta voz da geração beat ao relatar o que tinha vivido no livro On the Road. A partir daí, o movimento de contracultura começou a ganhar adeptos – que ficaram conhecidos como beatniks – e que procuravam um estilo de vida diferente do vigente nos Estados Unidos dos anos 50. Liberdade sexual e política, desapego material e uma dose de loucura faziam parte do lema. 
Walter Salles
O cineasta brasileiro é um dos mais bem sucedidos internacionalmente. Dirigiu Central do Brasil (1998), que rendeu à Fernanda Montenegro a indicação ao Oscar de melhor atriz; Abril Despedaçado (2001), Diários de Motocicleta (2004), road movie com Gael Garcia Bernal; Linha de Passe (2008), entre outros.

Walter Salles e Kristen Stewart no Festival de Cannes 
Cannes
Pé na Estrada foi lançado no Festival de Cannes que aconteceu em 23 de maio último. Como é de costume em premiações, o público se levantou para aplaudir os produtores, mas na vez de Walter Salles e sua equipe essas palmas duraram cerca de seis minutos. 
Estrada malditaQuem vê Jack Kerouac como um escritor aclamado nos dias de hoje e Walter Salles como um diretor bem sucedido, parece que foi tudo muito simples. No entanto, as dificuldades começaram lá na década de 1950, quando Jack ouviu “não” de muitas editoras que pediram vários cortes em sua obra, processo que durou seis anos até que o livro fosse de fato editado e posto à venda. Depois disso, a história virou lenda no mundo do cinema.
Francis Ford Coppola comprou os direitos de rodar o filme há 30 anos, porém, o projeto ficou estagnado já que nem o mestre no cinema conseguia encontrar um caminho para as filmagens. Com uma trama sem linearidade, ficava cada vez mais difícil encontrar uma maneira de colocar a história no vídeo até que Walter Salles se arriscou no projeto que levou mais oito anos até que ficasse pronto, por conta das dificuldades de se fazer produção independente. 

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