sexta-feira, 27 de julho de 2012


Guia do Fim de Semana

A esperada estreia do Homem-Morcego deve levar multidões aos cinemas. Confira mais estreias e programação para crianças

CINEMACRIANÇASCULTURADANÇAEXPOSIÇÃOHQMÚSICATEATRO 

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O herói mascarado (Christian Bale) encara o ameaçador terrorista Bane (Tom Hardy), num duelo de força e astúcia (Foto: Divulgação)
CINEMA
Por Alex Xavier

BATMAN – O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE
Sete anos depois de Batman begins, que injetou mais realismo às adaptações cinematográficas das HQs do Homem-Morcego, o cineasta Christopher Nolan promete fechar sua bem-sucedida trilogia de forma épica – e, possivelmente, trágica. Ninguém duvida de que esse adeus renderá um rechonchudo retorno financeiro aos produtores. A questão agora é descobrir se Batman: O cavaleiro das trevas ressurge irá superar o impacto causado por Batman – O cavaleiro das trevas (2008).
 
Na ausência do anárquico Coringa (que rendeu a Heath Ledger, morto em 2008, um Oscar póstumo de ator coadjuvante), o posto de vilão da vez fica para Bane.Nos quadrinhos, ele é sempre lembrado como o adversário que quebrou a espinha do herói, deixando-o paralítico, preso a uma cadeira de rodas, na série A queda do morcego (1993). O personagem apareceu no cinema, mas retratado como um descerebrado capanga de Hera Venenosa no péssimo Batman & Robin (1997), de Joel Schumacher. Agora, o bombado vilão (Tom Hardy, que trabalhou com Nolan em A origem) também usa a inteligência, além dos músculos, para causar grandes danos ao mascarado – e à sua identidade secreta, o milionário Bruce Wayne (Christian Bale).
Anne Hathaway é a Mulher-gato, em papel que foi mantido em segredo na nova aventura de Batman (Foto: Divulgação)
Mantida em segredo, a trama inclui uma grande participação da Mulher-Gato (vivida por Anne Hathaway). Gary Oldman, Michael Caine e Morgan Freeman retomam seus personagens: comissário Gordon, o mordomo Alfred e o inventor Lucius Fox. Até Liam Neeson, o maquiavélico Ra’s Al Ghul do primeiro filme, retorna, provavelmente em um flashback. E Joseph Gordon-Levitt e Marion Cotillard têm papéis cercados de mistério. Nolan rodou muito material em negativo de 65 mm, para exibição em salas Imax. Consta que mais de uma hora do filme será nesse formato – o dobro do tempo utilizado no episódio anterior.
BATMAN: O CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE (The dark knight rises, EUA, 2012). Gênero: aventura. Duração: 165 min.


Sean Penn é o roqueiro desiludido Cheyenne que volta para rever a família em Aqui é o meu lugar (Foto: Divulgação)

AQUI É O MEU LUGAR
O rock dos anos 1980 serve de inspiração ao diretor e roteirista italiano Paolo Sorrentino (O crocodilo) nesta inusitada produção. O título original, This must be the place, vem de uma canção homônima do Talking Heads (o vocalista da banda, David Byrne, aparece como ele mesmo e assina a trilha sonora). À frente do elenco, o astro Sean Penn (Sobre meninos e lobos) está irreconhecível, com um visual que lembra o músico Robert Smith, do The Cure. O ator interpreta Cheyenne, um roqueiro veterano e decadente que vive dos antigos sucessos. Ele precisa deixar Dublin, onde mora, para ir a Nova York rever sua família, de quem manteve distância por três décadas. O pai está no leito de morte e precisa encontrar um ex-nazista que o teria humilhado num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. E o esquisitão Cheyenne é incumbido da tarefa. (This must be the place, Itália/França/Irlanda, 2011). Gênero: comédia dramática. Duração: 118 min.


Freddie Highmore e Emma Roberts, que é sobrinha de Julia Roberts, em cena de A Arte da Conquista (Foto: Divulgação)
A ARTE DA CONQUISTA **
Esta história juvenil e singela comprova o talento do ator Freddie Highmore. Na infância, ele interpretou garotinhos meigos em filmes como Em busca da Terra do Nunca (2004) e A fantástica fábrica de chocolate (2005). Parece inocente até hoje, mas a puberdade lhe deu um ar de nerd descolado que se encaixa bem ao protagonista de A arte da conquista. No último ano do colégio, o introspectivo George (Highmore) decide não fazer mais a lição de casa, pois sabe que um dia irá morrer. A mentalidade fatalista não o deixa desenvolver seu potencial artístico, nem entender o significado da atenção que Sally (Emma Roberts, sobrinha de Julia Roberts), uma das meninas mais bonitas da escola, dedica a ele. É uma pena que o diretor e roteirista Favin Wiesen, estreante em longas, se perca em discussões filosóficas demais. Para piorar, ele recicla clichês de comédias românticas e deixa um sabor bem piegas no final. Entre os coadjuvantes, está a sumida Alicia Silverstone (As patricinhas de Beverly Hills), como uma dedicada professora. (The art of getting by, EUA, 2011). Gênero: drama juvenil. Duração: 83 min.


Diva indie: magra e de cílios enormes, Mette Lindberg é a vocalista do grupo, dono dos hits “Lady Jesus” e “The Golden Age” (Foto: Divulgação)
SHOWS

THE ASTEROIDS GALAXY TOUR
Ao lançar o álbum Fruit em 2008, a banda dinamarquesa The Asteroids Galaxy Tour logo garantiu um lugar tanto no mp3 players dos mais exigentes quan-to no set de DJs em festas moderninhas. Músicas como “Lady Jesus” e “The golden age”, ambas daquele disco de estreia, fornecem uma boa ideia do material: a bateria segue a escola da soul music; a guitarra envereda por uma trilha mais psicodélica, porém sem solos infindáveis; nos vocais, a lindíssima Mette Lindberg tem um timbre que às vezes soa quase infantil, num bom sentido; e o naipe de metais (trompete, sax e trombone) confere sofisticação à proposta. Aqui e ali, ainda surge um pianozinho agudo, como os de brinquedo, e alguns sintetizadores. O núcleo criativo do grupo é a vocalista mais o produtor Lars Iversen, com outros músicos se revezando nas gravações e nos shows. Os “asteroides”, que tocaram no Rock in Rio do ano passado, voltam agora ao Brasil com a seguinte formação: Mette (voz), Iversen (baixo, teclado e voz), Mikkel Baltser Dørig (guitarra e teclado), Rasmus Valldorf (bateria), Julien Quinet (trompete, teclado e percussão) e Anthony Rinaldi (trombone e teclado). Na bagagem eles trazem o segundo disco de estúdio, Out of frequency. Lançado em janeiro, o trabalho teve como primeiro single a canção “Major”, cuja introdução lembra bastante “Gostava tanto de você”, hit gravado por Tim Maia – coincidência? Antes do show, confira no YouTube o videoclipe da música do The Asteroids. Nele, cada integrante (não necessariamente os mesmos que se apresentarão aqui) aparece tocando seu instrumento, mais ou menos como fazem nas performances ao vivo. (Julio Caldeira) THE ASTEROIDS GALAXY TOUR Dia 28/7, sáb. 23h. Cine Joia: Pça. Carlos Gomes, 82, tel. 3231-3705. Classificação: 18 anos. Ingressos: R$ 160 a R$ 180. Crédito: D/M/V. Débito: M/R/V. Onde comprar: na Av. Brigadeiro Luís Antônio, 277, 2º andar, sala 26 (seg. a sex. 11h/18h); com taxa pelo site cinejoi-a.tv/ingressos.

O grupo de pop-rock volta para apresentar as músicas de seu terceiro álbum (Foto: Divulgação)

THE MAINE
Após ter passado por São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba no ano passado, o grupo americano de pop-rock volta à cidade com a turnê de seu terceiro CD de estúdio, Pioner. John O’Callaghan (voz e guitarra), Kennedy Brock (guitarra), Jared Monaco (guitarra), Garrett Nickelsen (baixo) e Patrick Kirch (bateria) costumam incluir no repertório “Everything I ask for” e “Can’t stop, won’t stop”, sucessos do álbum de estreia, Can’t stop, won’t stop (2008). (Julio Caldeira) Dia 28/7, sáb. 22h. HSBC Brasil: R. Bragança Paulista, 1281, Chácara Santo Antônio, tel. 5646-2120. Classificação: 14 anos. Ingressos: R$ 120 a R$ 250. Crédito: D/M/V. Débito: M/R/V. Onde comprar: no HSBC Brasil (seg. a sáb. 10h/21h; dom. 10h/20h); com taxa pelo tel. 4003-1212 ou pelo site ingressorapido.com.br.

Saxofonista alemão participa do Mostra Sesc de Artes (Foto: Wikipedia)
PETER BRÖTZMANN
Saxofonista e clarinetista autodidata, o músico alemão de free jazz está de volta ao Brasil, acompanhado do contrabaixista John Edwards e do percussionista e baterista Steve Noble, ambos ingleses. Juntos, realizam espetáculo baseado em seu recém-lançado álbum “…The Worse The Better”, gravado em 2010 no Café OTO em Londres. A gravação deu origem ao primeiro disco do selo OtoRoku, próprio da casa, disponível em vinil e download e se resume em 40 minutos de improvisação livre, especialidade de Brötzmann. De 27/7 a 29/7, sex. e sáb. às 21h, dom. às 18h. Classificação: 12 anos. Ingressos: R$ 6 (trabalhadores de comércio ou de serviço matriculados) a R$ 24. Onde comprar: em todas as unidades do Sesc.

O cantor relembra sua carreira junto com o grupo Funkessência (Foto: Divulgação)
TONY TORNADO
Neste show o cantor será acompanhado pelo grupo Funkessência. Apresentará os grandes sucessos de sua carreira, como BR3, Podes Crer Amizade, Uma Vida, Bochechuda, entre tantos outros. O show também contará com as participações especiais de seu filho Lincoln Tornado e da cantora paulista Luana Jones. Dia 28/7, sab. às 21h. Teatro Santos Dumont, 1111, São Caetano do Sul. Ingressos: R$ 3 (trabalhadores de comércio ou de serviço matriculados) a R$ 12. Onde comprar: em todas as unidades do Sesc.


Sorriso dourado: sob a direção de Marco Antônio Braz, Marcos Ricca interpreta o bicheiro que tem todos os dentes arrancados para usar uma dentadura de ouro (Foto: João Caldas / DIVULGAÇÃO)

TEATRO
Por Maria Fernanda Vomero

BOCA DE OURO E A FALECIDA
O bicheiro Boca de Ouro e a suburbana Zulmira têm em comum o desejo de sublimar a mediocridade de suas vidas com um enterro luxuoso. Ele, nascido numa pia de gafieira, sonha com um caixão de ouro. Ela, tuberculosa, quer ser sepultada com muita pompa a fim de causar inveja na prima Glorinha, com quem tem uma rivalidade antiga. Ambos são personagens de duas saborosas tragédias cariocas de Nelson Rodrigues (1912-1980) montadas pelo encenador carioca Marco Antônio Braz: Boca de Ouro (em cartaz até 25/11) e A falecida (até 2/12). Ambas integram o projeto do Sesi que celebra o centenário de nascimento do dramaturgo Nelson Rodrigues. Braz, especialista nas obras do escritor, trabalha com os mesmos 13 atores nas duas peças, exceção feita aos protagonistas – Marcos Ricca (Boca), Maria Luiza Mendes e Lucélia Santos (Zulmira, em diferentes momentos da temporada). As montagens privilegiam o caráter atual, mas também surrealista, do texto rodriguiano. BOCA DE OURO Dias 27/7, sex., 20h30. Duração: 100 min. A FALECIDA Dia 29/7, sáb. 20h30 e dom. 20h. Duração: 90 min. Teatro do Sesi: Av. Paulista, 1.313, tel. 3146-7405/ 7406. Gênero: melodrama. Classificação: 14 anos. Grátis, com ingressos distribuídos na abertura da bilheteria (qui. e sex.) ou R$ 10 (sáb. e dom.). Onde comprar: no teatro (qua. a sáb. 12h/ 20h30; dom. 11h/20h) ou com taxa pelo tel. 4003-5588 e no ticketsforfun.com.br.

A trupe Clows de Shakespeare encena Sua Incelença Ricardo III, com direção de Gabriel Villela (Foto: Divulgação)

SUA INCELENÇA, RICARDO III
Ricardo, duque de Gloucester, planeja usurpar o rei da Inglaterra. Intrigas e assassinatos típicos das tramas shakespearianas se desenrolam ao som de música pop, forró e outros ritmos nordestinos, num cenário de carroças ciganas e adereços folclóricos. Os personagens desta montagem dirigida por Gabriel Villela nada têm de fleumáticos. Trata-se, afinal, dos palhaços da cia. potiguar Clowns de Shakespeare. Até 16/8, ter. a qui. 20h30. Sesc Belenzinho, R. Pe. Adelino, 1.000, tel. 2076-9700. Gênero: comédia. Duração: 90 min. Classificação: livre. Grátis, com retirada de ingresso uma hora antes.

A peça O menino que mordeu Picasso conta a história de um garoto que conviveu com o grande pintor (Foto: Divulgação)

CRIANÇAS

O MENINO QUE MORDEU PICASSO
Inspirado no livro de Antony Penrose, o espetáculo mostra o encontro do famoso pintor espanhol Pablo Picasso com uma criança que frequenta seu atelier e acompanha seu jeito de pintar e de brincar, como num jogo de máscaras. Numa dessas brincadeiras o menino morde o pintor. A peça apresenta elementos e referências que compõem a genial obra do artista, fala de criação, da relação de Picasso com a infância e trata de símbolos marcantes em sua vida: a figura do touro, das pombas e as lembranças da mãe e do pai.Até 02/9, dom. às 11h. Sesc Ipiranga: Rua Bom Pastor, 822 – Ipiranga. tel: 3340 2000. Duração: 50 min. Classificação: Livre. Ingressos: R$ 2 (trabalhadores de comércio ou de serviço matriculados) a R$ 8. Onde comprar: em todas as unidades do Sesc.

O CHAPELEIRO MALUCO 
O musical infantil ganha um tratamento mais glamuroso com a direção e coreografia de Jarbas Homem de Mello, o mesmo de Cabaret. Com Negra Li, Beto Marden, Rejani Humphreys e Pedro Bosnich no elenco, a montagem pega carona na adaptação de Tim Burton de Alice no País das Maravilhas, que deu ao personagem (feito por Johnny Depp) um grande destaque. Aqui, Alice (Mariana Lilla) recebe um aviso da gata sorridente (voz de Cláudia Raia) de que o Chapeleiro (Bosnich) está em apuros, após o desaparecimento de toda sua nova coleção de chapéus. Com músicas de Charles Dalla, o musical é dos mesmos produtores de O Fantasma da MáscaraA partir de 25/7, Teatro GEO, Rua Coropés, 88, Pinheiros, tel. 3728-4930, teatrogeo.com.br. Sáb. e dom. 16h. Bilheteria: ter. a dom., 12h/ 20h. Ingressos: R$ 40 e R$ 50 (R$ 20 e R$ 25 meia entrada). ochapeleiromaluco.com.br

Cena da peça infantil Biliri e o Pote Vazio (Foto: Divulgação)
BILIRI E O POTE VAZIO
O imperador de um reino distante busca um sucessor para seu trono. Para escolhê-lo, entrega a cada criança uma semente com o seguinte desafio: aquela que cultivar a flor mais bela ao longo de um ano será sua herdeira. Embora se esforce, Biliri não tem êxito em fazer sua semente germinar. Mas consegue chamar a atenção do monarca ainda assim. Baseado num conto chinês, o delicado espetáculo da Kompanhia do Centro da Terra proporciona uma experiência onírica e mágica à plateia, mesclando a técnica do teatro de sombras e animação computadorizada para criar os planos tridimensionais com os quais os atores contracenam. Dirigida por Ricardo Klaman, a peça ganhou em 2011 o Prêmio Femsa de Teatro Infantil e Jovem. De 2/6 a 27/9, sáb. e dom. 16h. Teatro do Centro da Terra. R. Piracuama, 19, Perdizes, tel. 3675-1595. Classificação: 5 anos. Duração: 50 min. Ingressos: R$ 15 (crianças até 12 anos) e R$ 40. Crédito: não aceita. Débito: não aceita. Onde comprar: no teatro (seg. a sex. 9h/17h; sáb. e dom. a partir das 14h), pelo site bilheteria.com/centrodaterra ou pelo tel. 3030-9544.

Espaço de leitura do Brincalendo, evento que leva a garotada para a rua (Foto: Divulgação)
BRINCALENDO 
O evento, que nasceu para incentivar a leitura em 2010, cresceu e incorporou uma série de atividades. Na edição deste ano, a garotada por jogar peteca, pular corda, participar de competição de bambolê, ter aulas de capoeira, aprender street dance e ouvir histórias. A Cia. Circo de Trapo apresenta o espetáculo Tricotando histórias africanas e o Grupo de Capoeira Contemporânea Beija-Flor abre a roda com show de improvisação. As crianças menores contam ainda com oficinas de desenho, pintura e colagem. Dia 29/7, 14h/17h. Rua Lopes Chaves, 229, Barra Funda. Grátis.

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