terça-feira, 5 de junho de 2012


Bar Leo é comprado pelo Bar Brahma e vai reabrir em agosto
Após comprar Bar Leo, Bar Brahma prevê reinauguração em Agosto
As informações são do jornal O Estado de S.Paulo  05/06/2012
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Após comprar Bar Leo, Bar Brahma prevê reinauguração em Agosto
Em um daqueles casos em que a realidade é mais incrível do que a ficção, tradicional bar paulistano é lacrado por vender gato por lebre – ou chope inferior no lugar da marca top de mercado. A tal marca, em vez de virar as costas para sempre para o bar, surge para salvá-lo do fechamento. 

O caso é o do Bar Leo, famoso reduto de cervejeiros no centro de São Paulo. Há dois meses, foi fechado pela polícia por vender chope Ashby como se fosse Brahma. Agora, oBar Brahma, outro símbolo da boemia da cidade, comprou a casa e pretende reabri-la em breve: com credibilidade restaurada, mesmo nome e, quem sabe, ainda a tempo de comemorar seu 70.º aniversário, em agosto. 

A informação circulava pelos botecos descolados desde o último fim de semana. Na tarde desta segunda-dfeira, 4, em conversa com o Estado, o proprietário do Bar Brahma, Alvaro Aoas, limitou-se a dizer "que as negociações estão bem avançadas", sem revelar os valores da transação nem o formato da nova gestão. No fim do dia, a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev), detentora da marca Brahma, confirmou que o negócio já estava fechado. 

"O que posso dizer é que vamos manter e valorizar ainda mais o nome e a história do Bar Leo, que é um patrimônio paulistano", garantiu Aoas. "Vamos realçar os valores do Leo, retomar o bar com força, para viabilizar uma recuperação." 

Chope "falso". A notícia comoveu os cervejeiros. Na manhã de 30 de março, após denúncia anônima de um advogado que era cliente assíduo do bar, duas viaturas e cinco policiais foram ao Bar Leo. Encontraram 18 barris do chope da marca Ashby, um dos mais baratos do mercado – o litro custa R$ 5,30 –, vendidos na casa como se fossem Brahma (o litro, no atacado, sai por R$ 9,40). 

Toda a comunicação visual do bar fazia referência aos produtos Brahma. O gerente acabou detido, pelos crimes de "induzir o consumidor a erro e ofertar produtos de validade vencida, sem informar a origem do produto". O estabelecimento, desde então, permanece lacrado pela Coordenadoria de Vigilância de Saúde (Covisa). 

De acordo com as notas fiscais apreendidas pela polícia, o chope Ashby já era vendido no bar havia pelo menos 1 ano. 

Como se trata de um dos estabelecimentos mais antigos e tradicionais de São Paulo, a história virou assunto entre os frequentadores de botecos paulistanos. Clientes diziam queSão Paulo havia perdido um "patrimônio" e que o bar precisava "recuperar a dignidade, dar a volta por cima e reabrir". 

Com o investimento do Bar Brahma, que se reergueu em 2001 e hoje tem bom público no centro, incluindo turistas, a história do Bar Leo pode ganhar novos capítulos.

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